Mudanças repentinas sobre entrada de navios e troca de tripulação preocupam setor marítimo

Na África do Sul, dois alertas recentes com medidas rígidas sobre a troca de tripulação foram anulados. De acordo com a Transnet (Autridade Portuária Nacional) as versões um e dois do Alerta de Risco à Saúde foram retirados com efeito imediato.

Datada em 6 de maio, a última versão do documento solicitava aos comandantes uma declaração sobre a tripulação embarcada nos últimos 30 dias e os pontos de trânsito pelos quais passaram. Outra exigência era em relação a chegada de navios, estes deveriam indicar seus últimos 10 portos de escala e, a partir daí, as autoridades decidiriam quais embarcações teriam sua tripulação testada, antes de receberem autorização para atracar.

A versão anterior, de 5 de maio, mostrou vigilância intensa sobre os navios e tripulantes com viagens recentes para a Índia, onde novas infecções atingiram um nível recorde. Neste período, um navio que fez escala no porto de Durban, na África do Sul, teve 14 membros da tripulação testado positivo para o coronavírus.

Permanecem válidas, portanto, as medidas em relação aos navios que fizeram a última escala em qualquer porto da Índia: obrigatória a testagem de toda tripulação e oficiais, antes de atracar nos portos sul-africanos, além da não concessão de licença a pessoas que tenham viajado para Índia nos últimos 30 dias, sem a apresentação de teste para covid-19.

Diante desse cenário, fica evidente a troca rápida de regras e documentações necessárias para embarcações e tripulantes e isso vem causando preocupação ao setor marítimo.

Há rumores de que os navios chegados da Índia deveriam ser isolados no ancoradouro por 15 dias, no entanto, a regra, não foi confirmada nos dois últimos alertas. O que se sabe, por enquanto, é que as regulamentações portuárias podem mudar rapidamente de acordo com o agravamento das condições enfrentadas pela Índia.