Sucesso em outros portos mundo afora, o programa incentiva armadores a colaborar com a redução dos impactos das operações portuárias no meio ambiente
O Porto de Santos está a um passo de se tornar um dos símbolos em sustentabilidade mundial. Assim como Nova Iorque e Nova Jersey, nos Estados Unidos, o maior porto da América Latina está aderindo ao Programa ‘Navio Verde’, que consiste em oferecer concessões às embarcações em troca de apoio à conservação dos recursos naturais da região.
A ideia inicial é que os navios que emitirem menos poluentes entrem em uma classificação de embarcações. Aquelas que obtiverem o melhor aproveitamento de energia, como combustíveis mais limpos, e gerarem menos emissões na atmosfera receberão pontos no ranking. Os incentivos vão crescendo conforme a pontuação de cada embarcação.
Um exemplo disso seria uma redução na tarifa na utilização da infraestrutura portuária santista, como é feito nos portos de Pecém, no Ceará e de Porto Açú, no Rio de Janeiro. A medida foi uma sugestão da Associação Comercial de Santos (ACS) à Santos Port Authority (SPA), empresa pública que administra o Porto de Santos.
A proposta já foi encaminhada para Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a previsão é que as iniciativas estejam na revisão de planejamento estratégico da companhia de 2021 a 2025. As medidas de apoio a sustentabilidade portuária devem ser aprovadas até o fim de agosto pelo Conselho da Administração.
Após a privatização do Porto de Santos, a intenção é que outra norma do Programa ‘Navios Verdes’ entre em vigor: a eletrificação do cais do porto. Com isso, os navios que estiverem atracados poderão desligar os motores, movidos a óleo, e usufruir da eletricidade oferecida no próprio terminal. Dessa forma, menos combustível é queimado e menos poluentes são emitidos em toda atmosfera.
